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Li em 2018: Tolkien e eu.

Em 2018 eu encerrei uma jornada muito dolorosa, a minha leitura de O senhor dos anéis. Hoje posso dizer que eu definitivamente comecei essa leitura no momento errado da minha vida. E nesses erros e acertos, nesse amor e ódio, quero dividir com vocês todas as minhas anotações sobre os três livros que contam uma parte da história do anel de J. R. R. Tolkien.


foto original, com minha unha bem feita e a árvore de natal

No natal de 2015 eu ganhei o volume único da trilogia do Senhor dos anéis. Naquela época eu era uma universitária, desesperada para ler todos os clássicos da fantasia e ficção científica. Decidi então, que mesmo sendo o último ano da faculdade, 2016, eu começaria a ler A sociedade do anel. Muito entusiasmada e iludida (a coitada), tinha absoluta certeza de que terminaria os três livros naquele ano. Triste esperança, não pensava que uma experiência ruim com o primeiro livro me levaria a ruminar por três anos essa história.


A sociedade do anel: narrativa que abre a jornada de Frodo e sua galera rumo a destruição do maldito anel. A linguagem pomposa e cheia de descrições de Tolkien fez com que a leitura se arrastasse num momento que eu precisava dividir o lazer e o TCC. Acabei ficando sem paciência, parecia que a história só enrolava e que nada acontecia de verdade. Olhando em retrospecto percebo que o que me fez não gostar do livro foi mesmo a minha falta de tempo, e a leitura que se arrastou por meses. Se o lesse agora, com certeza, minha opinião seria diferente.


As duas torres: Narrativa que cobre o momento em que Frodo e seus amigos se separam e a união da Sociedade do anel é desfeita temporariamente, e a jornada começa a ficar mais dura e triste. Ainda com birra por causa da péssima leitura do primeiro livro, eu comecei desgostosa o segundo. Estava desempregada e com todo o tempo do mundo, mas minha cabeça ainda estava fechada a ponto de levar um mês inteiro para terminar esse livro. Ainda acho que a fartura de descrições ajuda mesmo a diminuir o ritmo da leitura. Dessa vez, porém, não pude negar a qualidade dos arcos e como tudo aconteceu de forma tão maravilhosa na narrativa. Por fim As duas torres me deixava com mais esperança, mas não com tanta motivação para terminar a trilogia em 2017.


O retorno do rei: Foi assim que no começo de 2018 eu me obriguei a pegar o final da jornada de Frodo, narrativa que fecha o arco da destruição do anel e do Gollum, juntando novamente a Sociedade do anel e levando-os para casa. Quando iniciei a leitura eu estava desempregada, mas quando a finalizei já estava lecionando em uma escola. Isso tudo não me impediu de terminar o livro em duas semanas. A finalização da história me empolgou, e os muitos detalhes não me prejudicaram como nos livros anteriores. Com uma visão completamente diferente, eu consegui me apegar aos personagens e torcer por eles. A história me encheu os olhos e pela primeira vez eu pude entender porque as pessoas amam tanto a escrita de Tolkien. Fechei esse ciclo com felicidade, pronta para ler mais obras do autor e revisitar a história de Frodo, agora com mais tempo e paciência.


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